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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Salário do prefeito de Ribeirópolis: R$ 24.000,00

Faxaju
 
Um morador do município de Ribeirópolis está indignado com o reajuste salarial que foi concedido pela Câmara Municipal ao prefeito daquele município a partir de 2013. Revoltado o morador conta que “no dia 25/09/2012, às vésperas das eleições e sem o conhecimento da população, através do PROJETO DE LEI 14/2012, concedeu o maior aumento, proporcional, para um prefeito do país”, desabafa Lazaro Couto.

Veja o que diz o e-mail enviado à redação do FAXAJU on-line onde ele faz o desabafo:

Veja a barbaridade que está acontecendo em uma pequena cidade do agreste/sertão do Estado de Sergipe:

RIBEIRÓPOLIS, segundo o censo do IBGE de 2010, possui uma população de 17.173 (dezessete mil cento e setenta e três) habitantes. Enquanto a Capital do Estado, Aracaju, também segundo o mesmo censo, possui uma população de 571.149 (quinhentos e setenta e um mil, cento e quarenta e nove) habitantes.

ATÉ AQUI TUDO BEM E NADA DE ANORMAL!

Mas agora vem o descalabro! Sabe quanto vai receber o prefeito de Ribeirópolis a partir de janeiro de 2013?

R$ 24.050,82! Isso mesmo: vinte e quatro mil, cinquenta reais e oitenta e dois centavos. Enquanto o salário do prefeito de Aracaju será de 24 mil reais. Eis o absurdo!

Enquanto a SECA (falta de chuvas; estiagem) atinge o sertão e o agreste de SERGIPE (e todo o semi-árido nordestino), o município de RIBEIRÓPOLIS, no Estado de SERGIPE, no dia 25/09/2012, às vésperas das eleições e sem o conhecimento da população, através do PROJETO DE LEI 14/2012, concedeu o maior aumento, proporcional, para um prefeito do país.

VOCÊ sabe qual é o TETO SALARIAL DO BRASIL? R$ 26.723,13 (salário de um Ministro do Supremo Tribunal Federal - STF).

Ou seja, o município de Ribeirópolis irá pagar, a partir de janeiro de 2013, O MAIOR SALÁRIO, PROPORCIONAL, DE PREFEITO DO BRASIL. Serão quase 39 (TRINTA E NOVE) salários mínimos para o chefe do poder executivo de uma pequena e pobre cidade do Estado de Sergipe.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Ação civil visa garantir alimentação em maternidade

O Ministério Público Estadual (MPE), por meio da promotora da saúde, Euza Missano, entrou com uma Ação Civil Pública com pedido de liminar em face do Estado e da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS). A ação teve o objetivo de garantir a oferta de alimentação especial para neonatos assistidos pela Maternidade Nossa Senhora de Lourdes.

Atualmente existem cerca de 15 bebês que sobrevivem da alimentação parenteral ofertada pela empresa Cenutri, contratada pela FHS. De acordo com a promotora Euza Missano, a preocupação maior do Ministério Público ocorre por conta de um débito existente da Fundação Hospitalar de Saúde para com a empresa contratada.

“A empresa não estaria mais suportando manter a assistência com o débito existente, e por isso, até o dia 29 de outubro, ela iria paralisar as atividades. Por conta dessa informação, o MP já de forma cautelar, está ajuizando a ação para que o judiciário possa determinar, tanto ao Estado quanto a Fundação, que não permita qualquer forma de paralisação ou desassistência a neonatais, mantendo a alimentação parenteral necessária”, conta.

Na ação, a promotora solicita que não haja a interrupção no fornecimento. Em caso de descumprimento da ordem liminar, será ajuizada uma multa diária.

Dívida

Em audiência realizada no dia 15 de outubro de 2012, o advogado da empresa Rafael Sandes, informou que a dívida do Estado está avaliada em R$ 707 mil. O advogado ainda sinalizou a possibilidade de suspensão dos serviços nos próximos 30 dias, caso não haja entendimento com a Fundação Hospitalar de Sergipe para o pagamento da dívida.

SES

A equipe do Portal Infonet entrou em contato com a assessoria da Fundação Hospitalar de Saúde que afirmou desconhecer que a empresa adotaria medidas de suspensão da alimentação. Segue a nota na íntegra.

"A Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) foi surpreendida com a notícia de que a referida empresa adotaria medidas de suspensão do fornecimento da alimentação parenteral na Maternidade N. Sra. de Lourdes, uma vez que nem a maternidade, nem a Fundação foram notificadas pela empresa, como deve ser procedido nesses casos. Além disso, a Diretoria Administrativa Financeira da Fundação tem programado o pagamento do débito de forma parcelada, tendo, inclusive pactuado com o representante da empresa o pagamento de parte do valor. Até a presente data, não recebemos nenhuma notificação da Justiça sobre a referida ação".

Por Aisla Vasconcelos

Portal Infonet

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Juíza manda Maluf devolver R$ 21 mi aos cofres públicos

O deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) terá de devolver R$ 21,315 milhões aos cofres municipais até este mês, por decisão da Justiça, após perder todos os recursos numa ação movida pelo Ministério Público Estadual, com base numa representação apresentada pelo PT em 1996.

Prefeito paulistano de 1993 a 1996, Maluf é hoje aliado dos petistas na coligação que tenta levar Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo. O deputado foi intimado a devolver à prefeitura o valor de prejuízos de operações financeiras com papéis do Tesouro Municipal no caso conhecido como "escândalo dos precatórios", em razão de uma condenação ocorrida em dezembro de 1998.

Como ele não conseguiu derrubar a sentença em instâncias superiores, em 20 de setembro deste ano a juíza Liliane Keyko Hioki, da 3ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, atendeu pedido do Ministério Público e deu prazo até este mês para Maluf restituir o valor à prefeitura.

A ação, por improbidade administrativa, foi motivada por petistas como o atual ministro José Eduardo Cardozo (Justiça), Devanir Ribeiro e José Mentor, ambos do diretório nacional, o vereador José Américo e os deputados Carlos Zarattini e Adriano Diogo, na época opositores à gestão de Paulo Maluf.

O valor da restituição foi atualizado em agosto e, caso Maluf não o devolva, deve pagar mais juros e multa de 10%, determinou a juíza. Antes, o deputado tentara suspender o processo com apelações ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao STF (Supremo Tribunal Federal). Em março de 2009, em recurso relatado pelo ministro Ayres Britto, o STF negou o pedido de Maluf, que já havia perdido também no Tribunal de Justiça paulista.

Pitta

As operações consideradas irregulares pela Justiça neste processo ocorreram entre janeiro de 1994 e novembro do ano seguinte com a operadora Contrato, que faliu, e a Banespa Corretora de Títulos Mobiliários. O esquema que resultou na condenação, segundo a Justiça, foi coordenado pelo então secretário municipal Celso Pitta, que sucedeu Maluf na Prefeitura de São Paulo.

Pitta também chegou a ser réu na ação, mas o ex-prefeito morreu no final de 2009. Durante o governo Maluf, foram lançadas LFTMs (Letras Financeiras do Tesouro Municipal) para supostamente pagar precatórios, mas o dinheiro das operações foi usado para outros fins. Segundo a denúncia, os papéis foram vendidos pela prefeitura a corretoras e depois recomprados a preços maiores, com prejuízo aos cofres públicos da cidade.

Parte dos recursos, após passar por operadoras e doleiros, teria ido parar no exterior e parcelas podem ter sido usadas em campanhas eleitorais, diz a denúncia. Em 2009, a Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social de São Paulo começou a ingressar com uma série de ações na Justiça pedindo a restituição de cerca de R$ 40 milhões, em valores da época, aos cofres da prefeitura.

Outro lado

O deputado federal Paulo Maluf afirmou ontem, por meio de sua assessoria de imprensa, que não tem nenhuma responsabilidade pelas operações elencadas no processo que originou a condenação em dinheiro.

Em nota, a assessoria do deputado afirmou somente que Maluf "nunca assinou nenhum documento nos quais esse processo está baseado. Isso está ainda em discussão com a Justiça". Em manifestações anteriores da defesa de Maluf à Justiça, o deputado sempre negou ter cometido irregularidades nas transações realizadas pela Prefeitura de São Paulo com as chamadas LFTMs (Letras Financeiras do Tesouro Municipal).

Quando houve a primeira condenação no processo que deu origem à atual execução milionária contra Maluf, a defesa do parlamentar alegou ainda que o ex-prefeito de São Paulo "não poderia ser responsabilizado por todos os atos da prefeitura". Os advogados de Maluf disseram ainda na época que não houve "ilegalidade" nem prejuízo aos cofres públicos nas operações com os papéis do Tesouro. Afirmaram que, se fossem analisadas em conjunto, as operações haviam sido benéficas ao município.

Na defesa no processo, os advogados sustentaram ainda que as operações foram realizadas com taxas compatíveis com o mercado de papéis públicos.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

É verdade que o Brasil é o único país onde vereador ganha salário?

Uma corrente de e-mail fez barulho nos últimos meses dizendo que somos o único lugar em que os vereadores são pagos pelo cargo que exercem. O problema é que isso é mentira

Em algumas cidades do mundo, vereadores não ganham nada. Em outras, têm apenas um pequeno auxílio. Mas o e-mail que correu a internet nos últimos meses, depois de uma onda de reajustes salariais dos vereadores brasileiros previstos para 2013, é falso. Vereador com salário não é uma realidade apenas no Brasil.

A corrente também propõe uma emenda na Constituição que limita alguns benefícios aos membros da Câmara. E afirma que o serviço do vereador é encarado como dever público em outros países, como se fosse trabalho voluntário. Só no Brasil ele seria um serviço remunerado. "O e-mail tem um fundo de exagero", diz Yi-Shin Tang, do Instituto de Relações Internacionais da USP. "Em alguns países, a atividade de vereador pode exigir dedicação exclusiva e remunerada". Por exemplo: um vereador de Los Angeles, Estados Unidos, ganha em média R$ 24 mil por mês. Isso representa 116% a mais do que osalário de um vereador de São Paulo, que recebe R$ 9 mil mensais. Veja abaixo como outras cidades remuneram seus representantes.

Câmara de lordes
Vereadores americanos costumam ganhar mais que brasileiros

Cidade do México - R$ 0
O cargo de vereador é honorário e não existe nenhum tipo de contribuição. Existem pouco mais de 1,8 mil comitês de bairros, organizados em torno de 9 vereadores e nomeados para servir durante 3 anos.

Nova York - R$ 16 mil
Enquanto um assalariado médio americano ganha R$ 3,9 mil por mês, um vereador nova-iorquino recebe R$ 16 mil, ou seja, 7 vezes mais. A Câmara é composta por 51 membros e o cargo não exige dedicação exclusiva.

Estocolmo - R$ 350
Na capital da Suécia, o salário de um vereador é apenas uma ajuda de custo. Se ele fizer parte de um comitê, pode subir para R$ 790. O valor representa apenas 10% da renda de um assalariado médio sueco, que ganha R$ 7,5 mil mensais.

Paris - R$ 3,5 mil a R$ 6 mil
O salário na capital francesa varia muito porque depende do tamanho da área da cidade em que o vereador atua. Mesmo oscilando, o valor é próximo do salário médio de um francês, que ganha R$ 5 mil mensais.

Toronto - R$ 4,3 mil
Enquanto o salário médio de um canadense é R$ 5,2 mil por mês, um vereador de Toronto, a maior cidade do país, ganha R$ 4,3 mil. A lei não determina uma carga horária a cumprir, mas a função exige dedicação exclusiva.

Rio de Janeiro - R$ 9 mil
Em 2011, o Congresso aprovou aumento salarial dos deputados federais. Em seguida, deputados estaduais tiveram reajuste e, logo, os vereadores. A partir do ano que vem, os membros da Câmara do Rio ganharão R$ 15 mil.

Quem são nossos juízes?

Tendências e debates

Rafael Custódio, Flávia Annenberg, Ester Rizzi e Rodnei Jericó

Entrevistas pessoais e secretas em concursos para juiz servem para privilegiar alguns poucos e manter práticas que atingem o Estado democrático de Direito

Dois fatos importantes relacionados à escolha de membros do Judiciário foram noticiados nos últimos dias: a decisão do Conselho Nacional de Justiça rechaçando as "entrevistas secretas" realizadas pelo Tribunal de Justiça de São Paulo como etapa do concurso para ingresso na Magistratura e a sabatina do ministro Teori Zavascki, indicado pela Presidenta da República para o STF.

Se esses acontecimentos parecem distantes, algo os une: a ausência de transparência nos processos de escolha de nossos magistrados.

Sobre o primeiro caso, importante destacar que concurso público é uma exigência constitucional para ingresso na magistratura. Isso significa que a seleção dos magistrados deve se dar por meio de uma avaliação objetiva da capacidade dos candidatos, ainda que seja evidente que somente saber jurídico não faz um bom juiz.

Mas, ao contrário do defendido nesta seção no dia 2 ("Nem só de técnica se faz um juiz", de Rodrigo Capez), esse argumento nada tem a ver com a formulação de questões que dizem respeito à vida pessoal ou à "estrutura familiar" dos participantes do processo seletivo.

Até porque, nesses casos, surgem fissuras insanáveis: como são avaliadas as respostas dos candidatos? A banca examinadora do concurso tem um entendimento prévio a respeito de qual seria o perfil mais adequado para um magistrado? Seria melhor, para exercer a função de juiz, um candidato casado ou solteiro? Com filhos ou sem filhos? Homo ou heterossexual? Ateu ou católico? Pior, o que é "perfil adequado"?

Há tempos sabe-se que o Poder Judiciário paulista realiza uma seleção que privilegia um determinado perfil de seus integrantes. Esse argumento é tão verdadeiro que foi necessária a aprovação de uma lei estadual para garantir que, nas duas primeiras fases do concurso de ingresso na magistratura, os candidatos não fossem identificados ( Lei n.º 9.351/96). Apenas com essa lei a proporção de mulheres selecionadas para a última fase tornou-se compatível com a quantidade de inscritas.

Nesse sentido, resta claro que as entrevistas pessoais e secretas abrem as portas para a perpetuação de antigas práticas que não combinam com o Estado de Direito.

Em outro âmbito, a questão da opacidade do processo de escolha dos ministros do STF também merece atenção. O chefe do Executivo federal indica um nome, escolhido entre cidadãos de "notório saber jurídico" e "reputação ilibada". Em seguida, o Senado deve votar a indicação, após um processo de sabatina realizado pela Comissão de Constituição e Justiça.

Nesses dois momentos bem delineados do sistema de escolha do novo ministro, há questões que não são levadas a público. A sociedade tem direito de saber o que levou a presidência priorizar determinada pessoa. Quais foram os fatores levados em consideração? Quem apoia aquele indicado? Quais outros nomes foram considerados, mas preteridos?

Do outro lado, no momento da sabatina realizada pelos senadores, seria salutar a existência de mecanismos formais para sociedade civil e demais interessados participarem do processo, como ocorre na Argentina, por exemplo.

Existe na sociedade uma mobilização por uma política de justiça mais transparente, aberta e democrática. A independência do Poder Judiciário não pode ser usada como justificativa para que este poder se esquive do necessário e constitucional controle social.

Quer-se provocar, assim, uma discussão pública mais ampla sobre quais devem ser os critérios para que uma pessoa seja investida dos poderes de magistrado, seja no início ou no topo da carreira. Certamente o caminho indicado pela Constituição não se constrói a portas fechadas ou com critérios obscuros.

RAFAEL CUSTÓDIO, 30, e FLÁVIA ANNENBERG, 24, são advogados da ONG Conectas Direitos Humanos

ESTER RIZZI, 29, é advogada da ONG Ação Educativa

RODNEI JERICÓ, 35, é advogado do Geledés - Instituto da Mulher Negra

Todos eles são membros da Articulação Justiça e Direitos Humanos

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Entidades avaliam denúncias a vereadores

O Fórum em Defesa da Grande Aracaju deu início na última quarta-feira, 03, a realização de atos denunciando 14 vereadores que votaram, na ótica do fórum, contra a maioria da população e a favor das emendas das construtoras, na revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano sustentável, o PDDUS. 

Desde o recesso parlamentar do meio do ano que a relação entre as entidades dos movimentos sociais e a maioria dos vereadores está arranhada. 

Tudo começou quando a presidência da Câmara tentou votar o Plano Diretor durante o recesso sem qualquer anúncio prévio. Depois o presidente voltou atrás e compôs um cronograma. 

Logo no início dos trabalhos no segundo semestre, a votação da emenda à Lei Orgânica, que pretendia limitar em até três o coeficiente de aproveitamento do solo, a coisa azedou de uma vez e o Fórum em Defesa da Grande Aracaju alterou o “placar dos vereadores”, denunciado no placar aqueles que votaram para manter o coeficiente ilimitado na Lei Orgânica. 

A partir daí, a cada votação, os ânimos se acirram entre um grupo de vereadores e as entidades representantes dos movimentos sociais organizados. 

Agora o Fórum em Defesa da Grande Aracaju está realizando panfletagem nos terminais de integração com o objetivo de denunciar a forma como treze dos dezenove vereadores estão votando e o fato de uma vereadora não estar comparecendo às sessões deliberativas do PDDUS. 

“Nessa quarta saímos muito realizados dos terminais do Centro e da Atalaia por entender que a população está entendendo a mensagem e está assimilando que estes vereadores estão prejudicando a maioria da cidade e, conseqüentemente a maioria da população”, disse José Firmo, um dos organizadores dos atos. 

“As pessoas vêm em nossa direção pedir os panfletos. E quando ouvem no carro de som do que se trata é que pedem mais panfletos e nos apóiam.” Disse David Vieira, voluntário que estava distribuindo panfletos nos terminais. 

Os militantes pretendem visitar todos os terminais de ônibus de Aracaju até sexta-feira. 

Um protesto com maior mobilização seria realizado em frente à Câmara Municipal na tarde dessa quinta, 04, porém os organizadores suspenderam alegando que não haverá sessão e que as visitas aos terminais estão sendo muito receptivas. 

José Firmo

Faxaju

Moradores protestam na Ponte do Rio do Sal

Quem tentou passar pela ponte José Rolemberg Leite, no Rio do Sal, que divide os municípios de Aracaju e Nossa Senhora Socorro, foi surpreendido e não conseguiu prosseguir o trajeto, por conta de um protesto que está sendo realizado no local. 

Desde as primeiras horas desta quinta-feira (04), centenas de moradores do Coqueiral foram para a pista protestar pela demora na entrega das 130 casas construídas pela prefeitura de Aracaju. 

Os moradores já foram sorteados e também já sabem quais a residências de cada um, o problema é que ao final da construção essas casas foram invadidas por vândalos que roubaram as louças do banheiro, portas e janelas. Com essa situação, a PMA fez a licitação e a empresa que venceu e iniciou o trabalho, terminou não concluindo, pois segundo informações passadas por um funcionário da PMA, “essa empresa tem vinculo com um grupo político adversário do prefeito. Isso fez com que a obra fosse abandonada e agora terá que ser feito uma nova licitação”, explicou. 

Os moradores como forma de protesto, queimam pneus, madeiras e moveis velho, impedindo o transito naquele local. Eles querem que a PMA entrega as residências e que essa reforma seja feita com eles ocupando as casas, já que houve o sorteio e todos sabem onde irão morar. 

Neste momento, o engarrafamento atinge a mais de um quilometro e mesmo com a presença da policia militar, corpo de bombeiros e SMTT, os moradores estão irredutíveis e dizem que não vão deixar o local. O clima começa a ficar tenso. 

As informações são da radialista Magna Santana, no programa Liberdade sem Censura

Faxaju

Candidato proibido de utilizar os paredões

José Willame Fraga utilizou o paredão em um comício eleitoral 

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE/SE) confirmou decisão da 12ª Zona Eleitoral que proibiu o candidato a prefeito de Lagarto, José Willame Fraga, e a Coligação “Lagarto em Boas Mãos”, de usar “paredões de som” nos atos de campanha. No dia 30 de agosto, o candidato utilizou um carro com paredão para divulgar jingles de campanha durante um comício eleitoral. 

Os paredões são formados por caixas de som de alta potência reunidas em um carro, no entanto, podem ter capacidade e potência até maiores que um minitrio, que, de acordo com a lei, não pode ser utilizado em campanhas eleitorais. A diferença entre os dois sistemas sonoros é apenas a existência de um palco no minitrio. 

Segundo a decisão do Tribunal Regional Eleitoral, a proibição do uso de trios elétricos, minitrios e paredões de som tem como objetivo não apenas evitar o abuso de poder econômico nas eleições, mas também a poluição sonora e preservar o sossego público. O acórdão destaca ainda que a garantia do sossego público já é objeto de outras leis, como a Lei Ambiental e da Lei de Contravenções Penais, e a proibição desses equipamentos pela Lei Eleitoral vem reforçar sua aplicação no período das eleições. 

Caso a decisão seja descumprida, a coligação Lagarto em Boas Mãos deverá pagar multa diária no valor de R$ 10 mil. 

Ascom MPF/SE

Plano Diretor - Desabafo de um cidadão

Ex-prefeito de Laranjeiras não pode participar de campanhas

Atendendo a um parecer da Procuradoria Regional Eleitoral (PRE), o Tribunal Regional Eleitoral (TRE/SE) proibiu o ex-prefeito de Laranjeiras, Paulo Hagenbeck, de participar de atos de propaganda política na campanha da esposa e candidata a prefeita Martha de Barros Hagenbeck, ou de qualquer outra campanha.

Paulo teve os direitos políticos suspensos pelo prazo de três anos, mas vinha participando de propagandas eleitorais, inclusive com distribuição de impressos com fotos onde aparece ao lado dos candidatos ao cargo de prefeito e vice-prefeito no município de Laranjeiras.

Em seu voto, a juíza Cléa Monteiro Alves Schlingmann, relatora do processo, afirma que não é razoável que alguém, com os direitos políticos cassados e proibido de participar da eleição na dimensão individual, com seu voto, seja autorizado a tentar influenciar os eleitores, coletivamente, a votar em um candidato por ele indicado. Ainda segundo a juíza, “constata-se uma ingerência direta do representado Paulo Hagenbeck na campanha dos demais recorrentes. Visualiza-se nas fotografias juntadas que ele se utiliza do microfone em solenidade e que sua imagem está estampada em placa de propaganda, ao lado dos candidatos”.

Segundo a Procuradora Regional Eleitoral responsável pelo processo, Lívia Nascimento Tinôco, “é importante garantir que só possam participar de atos de campanha aquelas pessoas que estão no pleno gozo dos direitos políticos, ou seja, aqueles cidadãos que podem participar na definição da vida política do Estado”.

Outros casos

Além de Paulo Hagenbeck, em Laranjeiras, o Tribunal Regional Eleitoral proibiu outros ex-prefeitos que estão com os direitos políticos suspensos a participarem da eleição. Em Riachão do Dantas, Laelson Menezes, que perdeu os direitos políticos em um processo de improbidade administrativa, foi proibido de participar da campanha de Ruy Campos Vieira Filho. Em Lagarto, Jerônimo de Oliveira Reis e José Rodrigues dos Santos, ex-prefeito e ex-vice-prefeito do município e com direitos políticos suspensos, estão impedidos de participar da campanha de José Wilame Fraga à prefeitura.

Do MPF/SE

F5 News

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Complexo esportivo da SEED está entregue ao abandono


Escola deve ser transferida por apresentar más condições

O Juiz de Direito Dr. Raphael Silva Reis proferiu decisão de mérito em Ação Civil Pública proposta pelo Promotor de Justiça Dr. Luis Fausto Dias de Valois Santos, Curador dos Direitos à Educação. A sentença determina que o Município de Aracaju adote providências para o adequado funcionamento da Escola Municipal de Ensino Fundamental Deputado Jaime Araújo, situada no bairro Soledade.

Um relatório descritivo encaminhado pela reclamante demonstrou a precariedade na estrutura física da unidade de ensino. Quando chove, a escola fica completamente alagada, em decorrência de falha técnica na construção. O prédio está abaixo do nível da rua e, não raro, é tomado pelas águas que trazem lixo e lama. Isso provoca avarias nos equipamentos e oferece riscos à saúde. Também foi notada a presença de caramujos transmissores da esquistossomose. Outro aspecto preocupante é a rotatividade de professores e servidores, ante a clara insatisfação da comunidade escolar. A situação é ainda mais complicada no período noturno, gerando evasão, reprovação e distorções na relação idade/série. Os problemas foram constatados ainda pela Divisão de Engenharia do MP.

O Magistrado confirmou a tutela deferida liminarmente e determinou a transferência da Escola Jaime Araújo, num prazo de 60 dias, para um edifício adequado e com a devida estrutura de funcionamento (professores, funcionários etc.). O atual prédio deve ser fechado. Multa diária no valor de R$ 1.000 poderá ser aplicada em caso de descumprimento da ordem judicial.

Portal Infonet

População de Santa Luzia realiza manifestação na SE 368

A população de Santa Luzia do Itanhi, a 76 km de Aracaju, realizou na tarde desta quarta-feira, 3, uma manifestação reivindicando redutores de velocidade e postes de iluminação para o trecho da rodovia estadual SE 368 correspondente à entrada do município. Segundo moradores, a região é cenário de frequentes acidentes, sobretudo na frente do conjunto Albano Franco. A manifestação reuniu cerca de 100 pessoas, que atearam fogo em galhos e ramos na pista em protesto, barrando o fluxo de veículos.

De acordo com o manifestante Damião Zacarias, conhecido como Lucas, o número de acidentes no local tem crescido desde o ano passado. “Além de não ter nenhum quebra-molas, o lugar é muito escuro, por isso os carros passam em alta velocidade. Com isso, sempre acontece alguma batida ou atropelamento”, diz. Ainda segundo Damião, a manifestação foi motivada após um acidente fatal acontecido no último domingo, 30, no trecho da rodovia quando uma motocicleta e um carro chocaram-se, e o condutor da moto morreu no local.

A manifestação foi contida após a presença do subtenente Ronaldo, do Grupamento Especial Tático de Motos (Getam). “Ele disse que isso era melhor, pois devíamos conter os ânimos, e que iria encaminhar um documento com as reivindicações da gente para o Departamento Estadual da Infraestrutura Rodoviária (DER). O subtenente ainda falou que no máximo na próxima terça-feira, 9, nós teríamos uma resposta”, diz Damião Zacarias. De acordo com o manifestante, a população de Santa Luzia tem a intenção de realizar novos protestos caso não haja respostas por parte da DER.

DER

O presidente da DER, Antônio Vasconcelos, alegou que as reivindicações da população de Santa Luzia serão analisadas na próxima semana. "A necessidade de um redutor de velocidade será avaliada, mas é importante destacar que este tipo de manifestação às vésperas da eleição é 'oba oba'. É preciso esperar o término do período eleitoral para que tomemos as atitudes devidas", diz.

Portal Infonet

Candidato a prefeito em Boquim sofre pedido de cassação

O registro de candidatura de Jean Carlos Nascimento (PSD) a prefeito do município de Boquim sofreu pedido de cassação na manhã desta quarta-feira, 3. A ação foi intentada pelo Ministério Público, através do promotor Eleitoral da Comarca de Boquim, Etélio Prado Junior. Jean é acusado de oferecer R$ 150 a uma eleitora em troca de votos. A denúncia foi feita no programa de rádio do jornalista Gilmar Carvalho, que exibiu uma gravação com a proposta do candidato.

A representação foi baseada no artigo 41 da Lei 9508/07, que prevê cassação e multa para candidatos que oferecerem benefícios em troca de votos. De acordo com Etélio Prado, Jean teria assumido à promotoria que manteve diálogo com a eleitora em depoimento prestado em deste ano. “Embora tenha admitido, ele alegou que a oferta feita à eleitora se referia a 150 banners, e não reais. Nós entendemos que a alegação não procede, por que o contexto não leva a crer que se tratava de propaganda eleitoral”, diz o promotor.

Ainda de acordo com Etélio, o candidato tem cinco dias a partir da data de notificação para apresentar argumentos em sua defesa. “A eleitora que manteve diálogo com o candidato será ouvida ao longo da investigação, que terá continuidade”, finaliza

Portal Infonet

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Fãs de ex-chefe da Rota ameaçam candidato do PSOL

Givanildo Manoel (Giva), candidato a vereador pelo PSOL em São Paulo, recebeu ameaças pelo Facebook após ter protocolado uma representação junto ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE) contra o tucano e ex-chefe da Rota, candidato Paulo Telhada.

Em sua campanha, Telhada aparece com a farda da organização, o que seria configurado como propaganda eleitoral com símbolos de órgãos públicos. De acordo com o artigo 40 do Código Eleitoral, o uso de símbolos, frases ou imagens, associadas ou semelhantes às empregadas por órgão de governo constitui crime, punível com detenção, de seis meses a um ano.

Irritados com a ação enviada ao TRE, seguidores de Telhada no Facebook criticaram e ameaçaram o candidato do PSOL: “Seu pilantra, criminoso. Fica aí defendendo bandido, seu safado. Coronel Telhada luta pelo povo, você luta por dinheiro, pilantra”, diz um fã de Telhada. 

Outro, com o nome de Lucas Bitencourt, é mais categórico: “Bando de filho da puta. Leva o bandido pra casa de vocês. Pau no cu. Tem que matar esses noia mesmo [...] político safado e sem vergonha em vez de eleger o Telhada ou o Conte Lopes a quem a gente pode confiar [...] tem que botar pra matar mesmo”.

As ameaças não param por aí. Lucas Gomes, que também é fã de Telhada em sua página pessoal no Facebook, deixou o seguinte comentário: “Esse Giva deve ser pai de algum noia. Alguém deveria verificar seus antecedentes criminais. Tenho certeza que tem passagem na polícia.”

O coronel, agora aposentado, foi comandante da Rota de maio de 2009 até novembro de 2011. Em dois anos e meio no cargo, a Rota inflou o número de mortes sob sua responsabilidade em 63,16%, com 114 assassinatos cometidos. Telhada é um conhecido linha-dura que se orgulha em sentenciar “bandidos” com morte (sob seu próprio julgamento) e tem 29 processos judiciais e militares arquivados, segundo matéria do site Carta Maior.

Apologia à violência

Desde junho deste ano, Telhada, que é candidato a vereador pelo PSDB, vem usando sua página no Facebook para fazer apologia à violência policial nas periferias da capital.

No dia 22 de junho, o ex-comandante publicou inclusive uma foto de dois jovens negros dizendo que se tratavam de “suspeitos” que teriam atacado uma base da polícia militar na Zona Leste da capital. “Eles também podem estar envolvidos na morte do soldado dentro de uma academia. Por favor, compartilhem esse status”, conclamou Telhada a seus seguidores.

Sem ter provas dos “suspeitos”, outro policial ligado à Rota fez o seguinte comentário: “Tem gente que fala que ladrão não tem cara. Ladrão tem cara sim e em geral tem estilo funkeiro, quem duvida?” Outra pessoa questiona: “Eu só quero saber qual prova que levou a essa acusação sumária?” Telhada responde: “Você acha que um PM da Rota vai postar alguma mentira? E logo em seguida apela, “esses meliantes acham que mandam. Tá na hora de por o fuzil pra cantar, eu tô muito indignado!”

Brasil de Fato

'O juiz ausente é um funcionário público que falta ao trabalho'


Sucessor de Eliana Calmon na Corregedoria do CNJ quer magistrados no interior

Chico Otávio

Logo após assumir a Corregedoria do CNJ, o senhor negou que faria uma gestão mais moderada do que a da antecessora, a ministra Eliana Calmon, famosa pela dureza contra os "bandidos de toga". O senhor chegou a dizer que muita gente sentirá "saudades da Eliana". Na prática, o que deixará as pessoas saudosas?

Estou começando a definir a agenda, mas já acertei uma viagem à Paraíba no dia 31. O motivo é relevante. Em parceria com a Corregedoria de Justiça do estado, vamos lançar um programa que obrigará os juízes de cidades do interior a marcar audiências preferencialmente às segundas e sextas-feiras. Queremos garantir a presença do magistrado na comarca. Fazendo isso, nós o obrigamos a passar a semana inteira ali, e não apenas dois ou três dias, como ocorre com frequência.

O senhor teme reação corporativa?

De modo algum. A presença na comarca, de segunda a sexta-feira, é obrigação de todos os juízes, prevista na Lei Orgânica da Magistratura. Meu pai, Falcão, que presidiu o Supremo, foi juiz de comarca. Ele morava nas cidades. Levava a família. Hoje, as queixas sobre o problema são recorrentes. Se existem alguns casos de descumprimento, as corregedorias locais devem agir para punir os maus magistrados. O juiz ausente é um funcionário público que falta ao trabalho. E quem perde é a sociedade, os advogados que viajam horas e horas, chegam lá e não encontram ninguém.

Alguma razão especial pela escolha da Paraíba?

Vamos começar por lá pois tivemos a boa vontade do Tribunal de Justiça local, mas outros estados também enfrentam o mesmo problema. Sendo assim, a meta é ampliar o programa para todo o Brasil, sempre agindo em parceria com os Judiciários estaduais. Às corregedorias caberá monitorar as audiências.

O senhor citou o exemplo de seu pai. O que lembra dessa época?

Como juiz de comarca, entre as décadas de 1940 e 1950, ele passou por municípios como Serrita, São Joaquim do Monte, Caruaru, Triunfo e Paulista, em Pernambuco. Onde ele esteve, fez questão de morar na própria cidade. Primeiro, solteiro. Depois, com a família. Em uma delas, recusou-se a aceitar a casa cedida por uma família abastada. Pagava o aluguel. Quando nasci, ele trabalhava em Paulista, onde passamos quatro anos com raras idas à capital. Ele só viajava a Recife a cada seis meses ou um ano.

O senhor disse que agirá sempre em parceria com as corregedorias locais. Isso pode ser entendido como uma diferença da gestão anterior, marcada por confrontos entre Eliana Calmon e os tribunais estaduais?

Volto a dizer que não haverá diferença. Fiz poucas mudanças. Dos setes juízes auxiliares, três trabalharam com ela. Os demais saíram por motivos alheios à minha vontade. Eu diria apenas que sou pessoa mais discreta. Falo pouco, mas reafirmo: corre-se o risco de sentir saudades da Eliana. Evidentemente, não vou condenar ninguém antes do julgamento nem vou quebrar sigilo de ninguém. Mas defendo que nenhuma autoridade pública deva ter sigilo bancário ou fiscal.

Que outras questões terão prioridade no início da gestão?

O programa "Mutirão do Juri", para desafogar os tribunais de juri. Vamos começar por Jaboatão dos Guararapes, município em Pernambuco, onde há 2.400 processos a serem julgados. Isso representa uma quantidade expressiva de criminosos soltos. Sempre com a colaboração da Justiça local, pretendemos mobilizar de 30 a 40 juízes para reduzir o estoque de ações. Localizada na região metropolitana de Recife, Jaboatão é um celeiro do crime. A Justiça precisa entrar ali para mostrar a sua mão forte. Mas não faremos só em Pernambuco. A pedido do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, preocupado com a escalada da criminalidade, São Paulo terá o seu mutirão do júri logo após as eleições.

Como o senhor disse que as mudanças na Corregedoria do CNJ serão poucas, pretende contar com a contribuição de sua antecessora?

Assim que a ministra Eliana Calmon voltar de viagem, quero propor uma parceria com a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), agora dirigida por ela. O objetivo é preparar as corregedorias menores, padronizar as ações, pois elas têm pouca noção sobre como começar um procedimento administrativo.

O CNJ, ao fazer isso, quer reduzir seu protagonismo nos processos disciplinares?

Fortalecendo as corregedorias, a ideia é descentralizar o trabalho. O Conselho Nacional de Justiça, como órgão nacional, tem que cuidar das questões macro, as mais importantes. No início de novembro, haverá um fórum de corregedorias. Levaremos essa posição. A ideia é delegar, quando se tratar de pequenos problemas, e dar um prazo. Fizemos isso recentemente com a Corregedoria de Goiás. Fixamos um prazo de 60 dias. Se o problema não é resolvido, aí entramos e agimos. Mas há casos em que só a Corregedoria do CNJ tem condições de resolver. Em breve, começaremos a atuar a pedido de um estado.

Já que o senhor citou prazos, a pergunta é inevitável: o que mais o CNJ pode fazer para enfrentar a morosidade do Judiciário?

Uma das metas diz respeito às execuções fiscais. Não é possível que um processo deste tipo demore mais a tramitar do que a ação principal. A parte vitoriosa ganha, mas não leva, e isso inclui municípios, estados e União. No Rio de Janeiro, o Tribunal de Justiça, preocupado com a questão, deu prioridade no processamento das execuções e está promovendo mutirões de julgamento. É uma experiência que eu pretendo levar para outros estados, mas sempre em parceria.

Exército

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Situação da Casa de Saúde Santa Maria ainda indefinida

Uma nova audiência será realizada no Ministério Público 

O Município de Aracaju ainda não ultimou as tratativas com a Secretaria de Finanças, quanto a situação da Clínica de Saúde Santa Maria. A informação foi passada à promotora Euza Missano durante audiência na Promotoria de Saúde do Ministério Público Estadual (MPE) na segunda-feira, 25. Uma nova audiência foi marcada para o próximo dia 5 de outubro.

Representantes da Casa de Saúde Santa Maria receberam minuta do contrato emergencial para disponibilização de leitos psquiátricos apresentado pelo Município de Aracaju. E esclareceram a dificuldade em fechar o contrato, caso não haja pagamento pelo município no valor de R$ 450 mil referente a 2011, proposto pelo encontro de contas diante do débito da unidade com o município.

Já a Secretaria Municipal de Saúde informou não ter sido finalizado contrato com a Clínica São Marcelo, já que se trata de outro prestador em fase de renovação contratual para disponibilidade de leitos psiquiátricos, não tendo sido apresentada proposta escrita, mas que foram realizadas reuniões para tratativas e encaminhados ofícios. O município informou ainda ter efetuado o pagamento dos valores correspondentes ao débito de 2012.

Portal Infonet

Transferência do Pré-Caju para orla começa a ganhar adeptos

Por Fernanda Araujo

A ideia de transferir a festa do Pré-Caju do bairro Treze de Julho, onde acontece no local há quase 20 anos, para a praia começa ganhar adeptos. É campanha ‘Pré Caju pra praia’, acatada por gente como Amanda Santos, moradora da Treze, que se diz cansada do barulho e da sujeira na região por conta do arrastão das multidões e dos trios elétricos.

Segundo Daniel Figueiredo, um dos idealizadores do ‘Pré Caju pra praia’, a ideia ainda não é um movimento consolidado, porém ele acredita que deverá tomar grandes proporções. “Isso surgiu no ano passado por uma moradora do bairro Farolândia. O nosso objetivo não é acabar com o Pré-Caju, mas alterar o local. As pessoas que moram por ali sabem que nesse período é difícil trafegar, fica um trânsito terrível, além do barulho, causando muitos transtornos aos moradores. Sem falar que impede o direito de todo o cidadão de ir e vir e paralisa a cidade. Queremos que coloque na praia ou transfira para outro local mais apropriado”, explica.

Daniel afirma ainda que não é contra o evento, pelo contrário. Mas, para ele, a prévia carnavalesca no local de hoje acaba acarretando prejuízos. “Impede a entrada dos shoppings afetando até a economia. Sei que é uma festa muito importante para os sergipanos, só que, por conta do grande crescimento, não comporta mais tanta gente”.

Para o ano de 2013, Daniel sabe que não será possível a transferência de local, pois a realização já foi autorizada pela Prefeitura. Ele antecipa, porém, que o movimento será intensificado e vai ao Ministério Público, além de tentar conversar com o empresário Fabiano Oliveira, idealizador do evento, para modificar o local em 2014.

“Se preciso, vamos fazer um abaixo-assinado entre os moradores e através das redes sociais. Chamo a atenção e pedimos que as pessoas ingressem na causa. Não é possível que um evento particular prejudique aos mais de 40 mil moradores da Treze e outros bairros”, disse.

O F5 News tentou contato com Fabiano Oliveira, mas não obteve êxito.

Pré Caju

A maior prévia carnavalesca do Brasil é conhecida em todo o país e responsável pela divulgação turística da capital sergipana. O evento foi criado em 1992 pelo empresário e ex deputado Fabiano Oliveira, com o nome, na época, de ‘Suas Férias Com Amor’. O trio elétrico puxava os foliões da saída da Orla de Atalaia até a antiga Casa de Espetáculos Augustu’s. No próximo ano, o Pré Caju será realizado entre 17 e 20 de janeiro. A expectativa é reunir aproximadamente um milhão de pessoas.

F5 News

MPF/SE processa DER por causar poluição em praia

Obra sem autorização despejou água contaminada direto no mar 

O Ministério Público Federal (MPF) processou o Departamento de Insfraestrutura Rodoviária de Sergipe (DER/SE) por ter poluído as águas de uma praia na capital sergipana, Aracaju. Ao realizar a drenagem de uma obra, o DER/SE despejou água contaminada diretamente nas praias e no mar.

Em 2010, o MPF iniciou uma investigação sobre o acúmulo de águas de chuva próximo a um condomínio provocado por uma reparo que estava sendo executado pelo DER/SE na rodovia José Sarney. Ao ser questionado pelo MPF sobre os problemas que aquele acúmulo de água poderia causar, o Departamento informou já ter realizado a drenagem do local, despejando a água na praia próxima à rodovia.

O procurador da República Rômulo Almeida, responsável pelo processo, explica que o DER não possuía qualquer licença ambiental, seja da ADEMA, seja do IBAMA, para realizar a drenagem referida, licença essa necessária por se tratar de atividade poluidora, já que seriam drenadas águas estagnadas e possivelmente contaminadas. No processo, o procurador ressalta que a resolução 237/1997 do Conama prevê que obras em rodovias e a construção de canais de drenagem estão sujeitas a licenciamento ambiental.

Em relatório feito pela Adema sobre a balneabilidade das praias no mês de maio de 2010, a pedido do MPF, ficou constatado que, após essa drenagem realizada pelo DER/SE, a praia em questão ficou com água imprópria para banho durante uma semana, com níveis de coliformes fecais até 114 vezes superiores aos considerados aceitáveis pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama).

O MPF requer que o DER/SE seja condenado a pagar indenização pelos danos ambientais causados pela poluição do mar e das praias, cujo valor deve ser revertido ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos, além de ficar proibido de realizar qualquer obra de drenagem que destine águas ao mar sem que haja licença ambiental para tanto.

O número do processo é 0005431-30.2012.4.05.8500

Fonte: Ascom MPF/SE

MPE quer agilizar a realização de biópsias em Sergipe

Promotoria da Saúde moveu Ação Civil Pública em face do Estado

O Ministério Público Estadual (MPE) ajuizou nesta quarta-feira, 25, uma Ação Civil Pública (ACP) em face da Fundação Hospitalar de Saúde e do Governo do Estado, por conta do atraso na realização de biópsias. Foi constado que existe um débito com o laboratório e por conta disso um atraso na realização dos exames.

“Houve um período em que a geladeira do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), ficou abarrotada com peças anatômicas patológicas retiradas de pacientes, por conta da não realização dos exames. O Ministério Público ajuizou hoje (25), uma Ação Civil Pública em face da Fundação e do Estado de Sergipe para que não haja descontinuidade na realização desses exames”, ressalta a promotora de saúde, Euza Missano.

De acordo com ela, um paciente com suspeita de câncer, vai fazer a cirurgia, retira e não consegue fazer a biópsia, portanto retarda e não consegue fazer o tratamento de uma patologia tão severa como é o câncer”, lamenta Euza Missano.

Por Aldaci de Souza

Portal Infonet

Dilma não descarta vetar Código Florestal

Assessorada por duas concorrentes contraditórias dentro do Planalto, presidenta estuda excluir do texto final mudanças feitas pela bancada ruralista

A presidenta Dilma Rousseff está assistindo a uma divisão de sua equipe sobre o Código Florestal,alterado pela bancada ruralista do Congresso . Entre os assistentes diretos de Dilma, há uma corrente favorável à aprovação ao texto na forma que sair do Senado, que vota nesta terça-feira (25) em plenário . Essa ala defende que não cabe ao governo debater conteúdo, uma vez que apresentou uma proposta que foi modificada. Caberia ao Planalto deixar a opinião pública contrária ao texto alterado recair sobre o Congresso – mais especificamente sobre os ruralistas. Outra corrente, contudo, é pelo veto de artigos que alteraram a proposta redigida a pedido da própria presidenta. 

No meio do fogo cruzado, porém, Dilma deve assumir o risco de entrar em choque com a bancada ruralista. Não foi à toa que ela se irritou com um suposto acordo feito entre governo e ruralistas para aprovação do Código sem sua autorização . “O veto não está descartado. Não há compromisso com o não-veto”, sinaliza o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM). “A presidenta tem o direito constitucional de exercer o veto. A posição do governo é de defender o texto que ela enviou [ao Congresso]”, afirma.

A presidenta é pessoalmente contrária à mudança na metragem de reflorestamento em margens de rios – as chamadas Áreas de Preservação Permanente (APP). A MP 571 previa que propriedades médias entre 4 e 10 módulos fiscais com curso de água em sua área deveriam recompor com vegetação nativa 20 metros ao longo das margens e 30 metros para grandes propriedades.

Os ruralistas elevaram de 4 para 15 módulos o tamanho da propriedade média e reduziram a reposição de vegetação para 15 metros nesse. Os grandes proprietário deverão, conforme a mudança, manter a vegetação mínima de 20 metros.

Base vota pelo sim

Segundo o senador, a base aliada deverá aprovar amanhã o texto alterado pela Câmara. “A posição do governo é de defesa da medida provisória [texto original], mas o que foi aprovado pela comissão [mista que alterou o original] se não for votado perderá a validade [da medida]”, observa.

A orientação segue em linha com o posicionamento da comissão mista que aprovou as mudanças do Código na última quarta-feira (19).

A MP 571 foi publicada em maio e tem até 8 de outubro para ser validada no Congresso para não perder a validade. O risco de ver o prazo legal escorrer é o que deverá fazer a base segurar as críticas para passar o texto em votação no plenário do Senado.

Portal Ig

Pacientes renais crônicos podem ficar sem hemodiálise

A assessoria do Ipesaúde negou as informações

Os pacientes do Ipesaúde que fazem hemodiálise no Hospital do Rim podem ficar sem atendimento por falta de repasses há três meses. A afirmação é do presidente da Associação dos Pacientes Renais Crônicos e Transplantados de Sergipe (Arcrese), Edjúnior Vieira da Silva. A assessoria do Ipesaúde negou que as verbas repassadas ao hospital estejam atrasadas.

De acordo com Edjúnior, há três meses o dinheiro não é repassado causando uma dívida de cerca de R$ 80 mil. “O atendimento ainda não foi paralisado, mas vai ter um momento que vai ficar sem condições para atender os pacientes”, afirma Edjúnior.

Cerca de 30 pacientes que fazem este atendimento, através do convênio do Ipes, são atendidas no Hospital do Rim. Segundo Edjúnior, a paralisação do atendimento pode ocasionar graves problemas ao paciente. Uma semana sem hemodiálise pode levar a morte do paciente. “Esperamos que este problema seja solucionado para evitar consequências mais graves, pois o paciente sem hemodiálise corre o risco de morrer, já que a máquina realiza a função do rim”, explica.

Ipesaúde

A assessoria de comunicação do Ipesaúde informou que a informação sobre o atraso no repasse das verbas não procede. Ainda foi informado que as contas estão em dia com o hospital.

Portal Infonet

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Exército decide dar proteção a Joaquim Barbosa e cria zona de conflito com Dilma Rousseff

Azedou a relação entre o Palácio do Planalto e a cúpula do Exército brasileiro. Sem que a presidente Dilma Rousseff fosse consultada, o Exército destacou os melhores e mais preparados oficiais da inteligência para dar proteção diuturna ao ministro Joaquim Barbosa, relator do processo do Mensalão do PT (Ação Penal 470).

Ao criar o esquema que dá garantia de vida a Joaquim Barbosa, que tem ojeriza a esse tipo de situação, o Exército, que se valeu de militares cedidos à Agência Brasileira de Inteligência, acabou passando por cima da Presidência da República, do Ministério da Justiça e da cúpula da Polícia Federal, que por questões óbvias não foram consultados, mas a quem, por dever de ofício, caberia a decisão.

Outros dois ministros do Supremo, Ricardo Lewandowski e José Antônio Dias Toffolli, reconhecidamente ligados ao Partido dos Trabalhadores e a alguns dos seus mais altos dirigentes, também contam com escolta, mas da Polícia Federal. O esquema criado para o ministro-relator não se limite à proteção física, mas inclui também monitoramento constante de ambientes e do sistema telefônico utilizado pelo magistrado.

A proteção ao ministro Joaquim Barbosa foi uma decisão tomada pelo alto comando do Exército e pelo general José Elito, do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. Esse episódio, que tem como palco a necessária proteção a Joaquim Barbosa, deve aumentar a tensão entre Dilma e os militares, que ganhou reforço extra com a criação da Comissão da Verdade, que investigará apenas os crimes cometidos por agentes do Estado durante a ditadura, deixando de fora os protagonizados pelos terroristas que chegaram ao poder no vácuo de um discurso fácil, repetitivo e mentiroso.

Portal Ucho.Info

domingo, 23 de setembro de 2012

Clima é tenso em Lagarto, e tem policiais como seguranças dos dois grupos

O juiz eleitoral de Lagarto, Leonardo Santana, proibiu atos políticos de candidatos à Prefeitura do município, como carreatas e caminhadas, além de circular com o som do carro ligado. A coligação que desobedecer a decisão pode pagar multa de até R$ 100 mil.

A decisão do juiz se deu pelo clima de violência que se instalou na cidade, com a presença de grupos que agridem adversários ou eleitores, usando inclusive policiais como segurança, que trabalham em hora de folga. A situação já mudou a rotina da cidade e mexe com a população, que está amedrontada.

Segundo apurou o Faxaju Online, os dois grupos, liderados por filhos de políticos, estão utilizando carros locados, com placa de Belo Horizonte, para “criar um clima de terror em povoados e sede do município de Lagarto.

Segundo uma fonte bem avisada, com acesso aos dois candidatos que polarizam a campanha à Prefeitura de Lagarto, prefeito Valmir Monteiro (PSC) e Lila Fraga (PSDB), integrantes dos dois grupos utilizam óleo para cobrir as placas que identificam os veículos e em seguida passam areia: “ficam identificáveis”.

Os carros geralmente são protegidos por policiais que fazem “bico” para políticos e servem de segurança – e até de agressores – dos integrantes dos grupos que se enfrentam, a título de defender eleições limpas no município. Segundo a mesma fonte, “todos eles andam armados sem ter porte”.

Comício – O governador Marcelo Déda (PT) esteve na noite deste sábado (22) no povoado Jenipapo, em Lagarto, para comícios do prefeito Valmir Monteiro (PSC), que disputa a reeleição. Acompanhou Déda a primeira dama Eliane Aquino, e o presidente regional do PT, Rogério Carvalho.

Havia expectativa sobre o discurso de Marcelo Déda em relação à violência que ocorre em Lagarto nessa reta final de campanha e que começa a mexer com a população. Déda confirmou seu apoio ao candidato Valmir Monteiro e falou de projetos para Lagarto, mas em nenhum momento se referiu aos adversários da Valmir.

Faxaju

sábado, 22 de setembro de 2012

Justiça cassa registro de candidatos de Porto da Folha

O juiz Eleitoral Edno Aldo Ribeiro de Santana julgou procedente a representação eleitoral ajuizada pelo promotor de Justiça Solano Lúcio de Oliveira Silva e cassou os registros dos candidatos a prefeito e vice-prefeito de Porto da Folha, pela coligação “Unidos Venceremos”, José Araújo Leite Filho e João Rivaldo Lima, respectivamente.

Edno sentenciou, também, o candidato José Araújo Leite Filho a pagar multa de R$ 3.000,00 (três mil reais), por ter sido o autor da conduta de captação ilícita de sufrágio.

De acordo com a representação, o referido candidato a prefeito estava pagando as contas de água e esgoto dos moradores da Cidade de Porto da Folha em troca de votos. De acordo com o artigo 41 da Lei nº 9.504/97 , tal ato constitui captação ilícita de sufrágio, o candidato que doar, oferecer prometer ou entregar ao eleitor um bem ou vantagem de qualquer natureza, com o fim de obter-lhe o voto.

O candidato a vice-prefeito também teve seu registro cassado, já que, segundo a Sentença Judicial e de acordo com o entendimento da jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral, “(...) Entendendo provada a captação ilícita de sufrágio pelo vice-prefeito, o acórdão regional, ao argumento da indivisibilidade da chapa, e uma vez que o mandato do vice é regido por uma relação jurídica de subordinação ao mandato do prefeito(... ) Ou seja, em caso de cassação da chapa majoritária não há como desvincular o titular, pois a chapa é única e indivisível.

F5 News

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Anatel multa operadora Oi em R$ 30 milhões

A Anatel aplicou nesta quinta (20) duas multas, no valor total de 30 milhões de reais, a operadora Oi. O motivo são "infrações ao regulamento do serviço de telefonia fixa e ao Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU)". De acordo com a agência, as falhas foram constatadas pelos fiscais em 2007. A Oi ainda pode recorrer da decisão. 

De acordo com informações do site Telesíntese, a primeira multa, no valor de 18,3 milhões deve-se ao fato de a operadora ter "negado o acesso aos serviços de emergência e ao atendimento gratuito da própria prestadores a usuários inadimplentes ou com créditos esgotados", em Pernambuco. A tele argumentou que as irregularidades foram provoacadas por "mudanças tecnológicas necessárias para implantação do serviço de portabilidade" - o que não foi aceito pela agência reguladora.

A segunda punição,no valor de 11,7 milhões, deve-se a "não instalação de acessos individuais e telefones públicos em localidades do Maranhão". 

Aracaju Virtual

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Com BNDES e negócios com políticos, Odebrecht ergue 'império' em Angola

Amparada por vultosos empréstimos do governo brasileiro, a Odebrecht, maior empreiteira do país, construiu em Angola um império empresarial que inclui negócios com autoridades e investimentos anuais de mais de R$ 1 bilhão.

Maior empregadora privada do país africano, com 20 mil funcionários, a companhia atua em Angola nos setores de imóveis, hidrelétricas, diamantes, supermercados, petróleo, biocombustíveis e aeroportos.

A empresa, porém, é criticada por ativistas angolanos, que a acusam de manter "relações promíscuas" com o alto escalão do governo angolano, chefiado há 33 anos pelo presidente José Eduardo dos Santos. Em agosto, Dos Santos venceu as eleições presidenciais e estenderá seu mandato até 2017.

Desde 2006, o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) ofereceu US$ 3,2 bilhões (R$ 6,4 bilhões) em empréstimos a companhias brasileiras em Angola. Dados obtidos pela BBC Brasil com base na Lei de Acesso à Informação revelam que as linhas de crédito financiaram 65 empreendimentos, dos quais 49% foram ou são executados pela Odebrecht.

A Andrade Gutierrez, segunda empresa da lista, é responsável por menos da metade dos projetos da Odebrecht (18%), seguida por Queiroz Galvão (14%) e Camargo Corrêa (9%).

A Odebrecht conta com parte de uma nova linha de crédito do banco, de US$ 2 bilhões, para manter o ritmo de investimentos em Angola, hoje entre US$ 500 milhões e US$ 600 milhões anuais (de R$ 1,1 bilhão a R$ 1,2 bilhão).

Generais e vice-presidente

Num de seus investimentos prioritários em Angola, o projeto Biocom, a Odebrecht tem como sócia uma empresa controlada por autoridades angolanas.

Ao custo de cerca de US$ 400 milhões (R$ 812 milhões), o projeto - que não é financiado pelo BNDES - visa produzir açúcar, etanol e eletricidade a partir de cana de açúcar. O complexo agroindustrial, que deve ser inaugurado em 2013, será gerido em sociedade entre a Odebrecht, a petrolífera estatal Sonangol e a empresa Damer.

A Damer foi fundada em 2007, meses antes da celebração do negócio, pelo vice-presidente eleito angolano, Manuel Vicente, e pelos generais Leopoldino Fragoso do Nascimento (Dino) e Manuel Hélder Vieira Dias Júnior (Kopelipa).

A Odebrecht não quis comentar o papel das autoridades na joint-venture. Em nota à BBC Brasil, a empresa diz que a Biocom "é um projeto de grande relevância para Angola e tem por objetivo diminuir a dependência de importação de açúcar, criando riqueza e empregos".

Em outro investimento, a Odebrecht associou-se a filhos do presidente angolano.

Iniciado em 2005 e com licença para operar até 2012, o consórcio Muanga foi formado para prospectar diamantes na província de Lunda-Norte em sociedade entre a Odebrecht, a estatal diamantífera Endiama, a SDM – associação entre a Odebrecht e a Endiama – e a Di Oro.

A Di Oro é uma sociedade entre Welwitschea José dos Santos, José Eduardo Paulino dos Santos – ambos filhos do presidente – e Hugo André Nobre Pêgo, genro do mandatário angolano.

"Relação especial"

Segundo o ativista Rafael Marques de Morais, criador do movimento anti-corrupção Maka Angola, a Di Oro tinha como objeto social, até a assinatura do contrato, "a alta costura, modas e confecções", além de serviços "para casamentos, coquetéis, aniversários e brindes".

A Odebrecht diz que a sociedade já foi extinta.

"Tirando as petrolíferas, a Odebrecht é a multinacional mais bem sucedida em Angola. Esse sucesso, num país extremamente corrupto, deve-se à relação especial que ela mantém com o presidente da República", diz Marques à BBC Brasil.

O ativista afirma, no entanto, que o rígido controle do Estado angolano exercido pelo presidente impede que denúncias sobre a empresa sejam investigadas. Marques acusa ainda o governo de favorecer a Odebrecht em privatizações e na concessão de contratos públicos.

O caso da rede de supermercados Nosso Super é considerado emblemático: em 2007, a Odebrecht foi contratada pelo governo para construir a rede, com unidades em todas as 18 províncias do país. Neste ano, o Nosso Super foi privatizado, e a companhia brasileira assumiu sua gestão.

Percepção

Questiona-se também a concessão à empresa de contratos que preveem amplos pacotes de empreendimentos. Um dos projetos mais abrangentes concedidos à empresa, o Vias de Luanda, consiste na construção de 32 mil quilômetros de redes de água, esgoto, energia, iluminação, drenagem e comunicação na capital angolana, além da arborização, gestão do lixo e da recuperação de avenidas, calçadas e da sinalização urbana.

Segundo especialistas em licitações, quanto mais extenso é um contrato, mais difícil controlar seus gastos e prazos. Para o jornalista Reginaldo Silva, autor do blog político Morro da Maianga, há em Angola uma "percepção generalizada" de que a Odebrecht é beneficiada pelo governo. "A ideia corrente é que a Odebrecht detém a maioria dos contratos em Angola em parte pelas relações promíscuas que mantém com autoridades e, em parte, devemos reconhecer, pela extraordinária capacidade técnica que desenvolveu."

Segundo ele, licitações para obras públicas no país são raras e, quando ocorrem, "são só para inglês ver". Já a Odebrecht diz que "todas as suas negociações com o Estado angolano pautam-se pelo cumprimento da legislação". A empresa não se pronunciou sobre a acusação de que mantém relações promíscuas com autoridades, mas diz ter como cliente "a sociedade e o Estado, não um governo específico".

"Time do presidente"

Além das relações comerciais que mantém com autoridades, a Odebrecht pertence ao restrito círculo de empresas que integram o Conselho Fiscal da Fundação Eduardo dos Santos (Fesa), entidade privada criada pelo presidente em 1996.

A Fesa se diz uma organização filantrópica, mas é acusada de servir a interesses privados de seu patrono. A fundação mantém um braço empresarial, a Suninvest, e administra um clube de futebol da primeira divisão do campeonato angolano, o Santos Futebol Clube (cujo nome homenageia, ao mesmo tempo, o time brasileiro e o presidente angolano).

Em Angola, o Santos é conhecido entre alguns como "a equipe do presidente", que é tido como um grande apreciador do futebol. O clube constitui outro elo entre José Eduardo dos Santos e a empresa brasileira: seus jogadores treinam diariamente no centro logístico da Odebrecht em Luanda. A empresa executa ainda as obras de expansão do centro de treinamento das categorias de base do clube. A BBC Brasil esteve em agosto na área onde funcionários da companhia estão construindo dois campos de futebol e novas instalações para o time.

A Odebrecht diz, porém, que as obras estão previstas em contrato regular de prestação de serviços. Segundo a companhia, outras equipes de futebol já treinaram nas suas instalações, que "têm papel relevante em atividades de lazer em Luanda".

Trata-se, no entanto, de espaço fechado ao público: o repórter foi barrado à porta por seguranças. A Odebrecht classifica a Fesa como "uma instituição filantrópica e apartidária", que congrega outras empresas e "pessoas representativas da comunidade angolana".

Além da companhia brasileira, o conselho fiscal da fundação é integrado por três estatais angolanas, a petrolífera Texaco, duas empreiteiras portuguesas (Mota-Engil e Teixeira Duarte), uma consultoria libanesa (Dar Al-Handasah) e uma empresa privada angolana (Sunenge).

Segundo a Odebrecht, suas operações em Angola, iniciadas há 28 anos, se pautam pela "responsabilidade social". A empresa diz promover "a transferência de tecnologia por meio da contratação e associação com empresas locais" e afirma que 93% dos seus funcionários no país são angolanos.

BBC Brasil

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Brasil não controla corrupção de suas empresas no exterior, diz ativista

Além de violar convenções internacionais contra a corrupção, o governo brasileiro se vale de manobras ilegais para conceder empréstimos a companhias brasileiras que operam fora do país, diz Cláudio Abramo, diretor da ONG Transparência Brasil.

"Não existe qualquer mecanismo de controle para atos de corrupção de empresas brasileiras no exterior", ele afirma à BBC Brasil.

"Hoje, uma empresa brasileira vai a um país, suborna um ministro e adquire um contrato sem qualquer licitação. De posse do contrato, vai ao BNDES (Banco Nacional para o Desenvolvimento Econômico e Social) e consegue um financiamento para a execução desse serviço."

O Brasil é um dos 39 signatários da Convenção Anti-Propina da Organização para a Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OCDE), de 1997. Ao subscrever o documento, o país se comprometeu a combater propinas pagas por suas empresas no exterior. No entanto, segundo a ONG Transparency International (sem relações com a Transparência Brasil), o país não tem cumprido a convenção.

Em relatório divulgado no início do mês, o órgão avaliou a aplicação da convenção por cada um de seus signatários. Os países foram divididos em quatro categorias, conforme o grau de adoção de medidas contra propinas. O Brasil ficou na penúltima categoria, entre os países que fazem "pouca aplicação" da convenção. No topo da lista, EUA, Alemanha, Itália e Grã-Bretanha integram o grupo que faz "aplicação ativa" das medidas.
Falhas

Abramo diz que o BNDES, maior financiador de empresas nacionais no exterior, deveria exigir que todos os seus empréstimos externos fossem regidos pela lei brasileira de licitações. Ele cita como exemplo os procedimentos adotados pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e pelo Banco Mundial em seus empréstimos – ambos condicionam os financiamentos ao cumprimento de suas próprias regras, e não à legislação dos países beneficiados.

Abramo diz ter defendido o modelo em reuniões com a direção do BNDES. O banco, no entanto, teria rejeitado a sugestão. O diretor da Transparência Brasil considera haver outras falhas nos financiamentos dos bancos públicos nacionais a empresas brasileiras no exterior.

Pelo sistema, os bancos fazem os repasses às empresas em reais, no Brasil, mas as dívidas são quitadas pelos governos dos países onde as obras são realizadas. Ou seja, por meio de uma triangulação, os financiamentos têm esses governos como partes. Para Abramo, a prática é fraudulenta, uma vez que os bancos nacionais não poderiam participar de operações com Estados estrangeiros.

"A situação é no mínimo irregular, porque esses bancos não são agências bilaterais."

O diretor da Transparência Brasil questiona ainda o conceito de "exportação de serviços", categoria em que os bancos enquadram a maioria dos repasses feitos às empresas brasileiras no exterior. "É um conceito frágil, porque quando uma empreiteira brasileira faz um serviço no exterior, contrata localmente a mão de obra e usa equipamentos fabricados em outros países."

Legalidade

Em nota à BBC Brasil, o BNDES diz que as operações realizadas pelo banco no exterior ocorrem "dentro da mais absoluta legalidade" e são amparadas pelo 9º artigo de seu estatuto. O artigo prevê que o banco contrate "operações, no Brasil ou no exterior, com entidades estrangeiras ou internacionais" e que financie "a exportação de produtos e de serviços, inclusive serviços de instalação, compreendidas as despesas realizadas no exterior, associadas à exportação".

De acordo com o banco, o objetivo dos financiamentos é incentivar a criação de postos de trabalho, renda e de divisas no Brasil. A Odebrecht emprega aproximadamente 1.400 funcionários brasileiros e 18,6 mil angolanos em suas operações em Angola. As empreiteiras brasileiras, ao contrário das chinesas, por exemplo, costumam dizer que contratam grande porcentual de mão de obra local nos países em que atuam.

O banco diz ainda que os financiamentos são liberados conforme a execução dos serviços. "Cada liberação do BNDES é obrigatoriamente precedida de dois relatórios de auditoria (um do exportador e outro do importador), comprovando a efetiva prestação do serviço e as exportações brasileiras. Ambas as auditorias são exigências contratuais do BNDES."

De acordo com o banco, as aprovações de crédito são analisadas individualmente e atendem às prioridades dos governos estrangeiros. O banco diz que os empréstimos são garantidos pelo Tesouro Nacional.

"O cuidado com que essas operações são realizadas pode ser mensurado pelo baixo índice de inadimplência, que é praticamente zero."

BBC Brasil

Por que a maioria dos municípios brasileiros não se sustenta?

Nas últimas duas décadas se consolidou no Brasil a situação de dependência dos municípios das transferências de recursos por parte do governo federal e dos Estados.

Segundo um estudo publicado no início do ano pela Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio), com base em dados que vão até 2010, 94% dos mais de 5 mil municípios brasileiros têm nessas transferências pelo menos 70% de suas receitas correntes, e 83% não conseguem gerar nem 20% de suas receitas.
 
Em 2010, o forte desempenho econômico e um crescimento na arrecadação pública beneficiaram os municípios com um aumento nas receitas, tanto próprias quanto de transferências. Mesmo nesse cenário, o levantamento da Firjan revela que um quinto dos municípios virou o ano no vermelho, com mais dívidas do ano anterior do que recursos em caixa.

Para os autores do estudo, essa realidade é fruto de má administração, que faz com que o maior repasse de recursos não se traduza em melhor qualidade nos serviços prestados à população. "É primordial o acompanhamento da aplicação dos recursos que estão sob a responsabilidade das prefeituras, elo mais próximo do setor público com o cidadão-contribuinte", diz o estudo.

Com a descentralização administrativa desencadeada a partir da Constituição de 1988, houve um aumento das transferências da União e dos governos estaduais aos municípios. Segundo o estudo da Firjan, porém, a contrapartida esperada, que era uma maior atuação dos governos locais, principalmente nas áreas de saúde e educação e em investimentos, não se concretizou.

"Investimentos em educação, saúde e infraestrutura urbana ficaram à margem do crescimento das receitas municipais."

Fatores

Em alguns casos, fatores como a localização geográfica, na área rural, ou o tamanho reduzido da população, tornam a autosustentação de um município inviável. "Cerca de 80% dos municípios têm população igual ou inferior a 30 mil pessoas", disse à BBC Brasil o especialista em administração e políticas públicas Francisco Vignoli, da FGV Projetos.

"Mesmo se fizerem tudo certo, não teriam como se sustentar."

No entanto, segundo o gerente de Desenvolvimento Econômico da Firjan, Guilherme Mercês, há municípios pequenos que, mesmo dependentes de repasses, têm boa gestão.

A maioria, porém, independentemente de tamanho, sofre com má administração, diz Mercês, e 64% dos municípios brasileiros estão em situação fiscal considerada difícil ou crítica. No caso dos novos municípios, a dependência é ainda mais acentuada. Dos 1.480 municípios criados desde 1980, só 28 têm situação considerada excelente ou boa em relação à geração de receita própria. "Precisamos de uma discussão sobre os critérios de distribuição de recursos", disse Mercês à BBC Brasil.

Gastos com pessoal

Na maioria dos casos, a folha de pagamento consome boa parte dos recursos, e pouco sobra para investimentos. De acordo com a Firjan, somente 83 dos 5.565 municípios brasileiros geram receitas suficientes para pagar seus funcionários. O limite de 60% da receita corrente líquida para despesas com funcionalismo, estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, de 2000, não apenas não é respeitado por todos como, segundo a Firjan, "parece ter oferecido incentivos contrários às prefeituras que gastavam menos".

Em 10 anos, esses gastos passaram de 43,2% para 50% dos orçamentos municipais. Para investimentos, a parcela permaneceu em cerca de 10%. "Gastos com pessoal são difíceis de ser revertidos", diz Mercês. "Municípios que comprometem muito com esses gastos acabam tirando espaço de investimentos."

Em declarações na época da divulgação do estudo, o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, criticou a interpretação dos dados feita pela Firjan. Segundo Ziulkoski, grande parte dos gastos dos municípios com pessoal são destinados ao magistério. Além disso, ele disse que o estudo passava a ideia errônea de que os municípios não arrecadam nada, quando na verdade, a maioria tem arrecadação baixa, por ter perfil agropecuário.

Para Mercês, é preciso que a discussão sobre essa situação de dependência e má gestão dos municípios venha à tona. "É preciso cobrar dos governantes, participar do debate", afirma. "Ou vai se cristalizar no Brasil o quadro de uma carga tributária muito elevada, de país desenvolvido, sem a contrapartida."
 
BBC Brasil

Direto do baú: O soviete da Embratel


Paulo Eduardo Gomes x ACM

Soviete da Embratel: esta matéria saiu na Veja há 25 anos atrás, quando Paulo Eduardo Gomes presidia a Associação de Funcionários da Embratel. Praticamente 100% dos funcionários da Embratel entraram em greve para que fosse anulado um contrato que permitia que a empresa Vicom explorasse comercialmente uma das linhas do satélite brasileiro Brasilsat. 

A Vicom era uma associação da Globo com o Bradesco e os funcionários ameaçaram cortar os sinais de ambas as empresas. Eles conseguiram anular o contrato que iniciaria a privatização das Teles. ACM, o Toninho Malvadeza, era Ministro das Comunicações à época, demitiu a diretoria apóas a anulação e disse que "o pau ia cantar". Na foto, ACM versus Paulo Eduardo Gomes, que comemorava a anulação e o fato de não entregar um patrimônio dos brasileiros para a Globo e o Bradesco.

Fonte: Página oficial do Facebook do candidato a vereador

Receita inicia cobrança de R$ 86 bilhões de dívidas

A Receita Federal anunciou um conjunto de ações de cobrança em três frentes a fim de arrecadar R$ 86 bilhões em débitos vencidos, acumulados por pessoas físicas e jurídicas nos últimos cinco anos. O órgão enviará a partir de hoje (17) correspondência às micro e pequenas empresas inscritas no Simples Nacional (regime simplificado de apuração de tributos), aos inadimplentes beneficiados pelo refinanciamento de dívidas previsto na Lei 11.941/2009 e aos 317 contribuintes que devem acima de R$ 10 milhões ao Fisco.

De acordo com Carlos Roberto Occaso, secretário de Arrecadação e Atendimento da Receita Federal, os contribuintes em atraso terão 30 dias, a partir do recebimento dos avisos, para quitar os débitos. Caso contrário, perderão os benefícios dos regimes especiais nos quais estão inscritos, em se tratando do Simples e da Lei 11.941. Já o grupo de 317 grandes devedores estará sujeito a penalidade, como arrolamento de bens para garantia de pagamento da dívida, rescisão de contratos com o Poder Público e cassação de benefícios. As cartas estão sendo enviadas a partir de hoje pelos Correios.

A regularização pode ser feita acessando a página do Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-Cac), que emite guia de pagamento. No caso do Simples, os devedores devem acessar a página do programa. Carlos Occaso destaca que não há necessidade de comparecer às unidades da Receita Federal para quitar as dívidas.

O Simples Nacional tem 441.149 micro e pequenas empresas inadimplentes, de um total de 4,326 milhões. No total, devem R$ 38,7 bilhões ao Fisco. Caso não quitem as dívidas em 30 dias, os empresários serão excluídos do sistema especial e, como consequência, não poderão recolher tributos federais, estaduais e municipais em um pagamento único a partir de 1° de janeiro de 2013.

As 100.424 pessoas físicas e jurídicas optantes pela Lei 11.941/2009, que devem R$ 5,3 bilhões à Receita, perderão a oportunidade de pagar os débitos com abatimento de até 90% da multa e até 40% dos juros. Caso ignorem o aviso da Receita, terão o passivo total cobrado, sem benefícios, a partir do ano que vem.

No caso dos grandes devedores, as 15 pessoas físicas e as 302 pessoas jurídicas que não regularizarem o débito serão procuradas por um delegado da Receita Federal, que informará sobre as medidas coercitivas, como arrolamento de bens e rescisão de contratos com órgãos públicos. A Receita informou que o maior débito de pessoa física é R$ 43 milhões e a dívida mais elevada de pessoa jurídica é superior a R$ 1 bilhão. No total, o grupo de contribuintes deve R$ 42 bilhões aos cofres públicos.

O secretário Carlos Occaso negou que as ações de cobrança tenham relação com a necessidade do governo de reforçar o caixa por causa da crise internacional e a concessão de desonerações fiscais para incentivo à economia. "Essas ações não têm nenhuma vinculação com crise ou queda de arrecadação. Fazem parte do processo de melhoramento das ações da Receita Federal."

Receita Federal, Portal Infonet, Agência Brasil