ASBT confirma investigação e diz que não há irregularidade
A denúncia toma como base o relatório de auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) TC nº 014.040/2010-7. No relatório foi recomendado que a ASBT promovesse o recolhimento aos cofres do Tesouro Nacional de mais de R$ 2,6 milhões indicados, atualizados monetariamente e acrescidos de juros de mora a partir das datas especificadas, ou que fosse apresentada as alegações de defesa em decorrência de ter aplicado recursos públicos federais no Pré-Caju de 2008, 2009 e 2010.O Coletivo Serigy All-Stars, um grupo de artistas sergipanos, convida a classe artística para participar do 1º ato de denúncia a ser apresentada ao Ministério Público Federal (MPF) contra a Associação Sergipana de Blocos de Trio (ASBT) pela má utilização de recursos públicos.
De acordo com o artista Henrique Teles, do Coletivo Serigy All-Stars, o intuito de protocolar o documento se deve ao fato do relatório não ter sido encaminhado ao MPF já que é de extremo interesse do órgão. “O que vamos fazer é protocolar o documento no MPF, já que essa ação é de total interesse do Ministério Público. Se espera que investiguem as irregularidades apontadas no relatório” diz Henrique, ao questionar o fato do Pré-Caju ser apontada como uma festa que não possui fins lucrativos, mas é cobrado pelos abadas utilizado pelos foliões no evento.
Nesta quarta-feira, dia 11, haverá uma reunião em uma soparia da cidade a partir das 19h, com os artistas sergipanos que manifestarem interesse em apoiar o ato. Na oportunidade, ainda haverá a coleta de assinaturas que também será encaminhada ao Ministério Público.
Já na quinta-feira, dia 12, a partir das 17h, a classe artistica vai ao MPF protocolar um documento pedindo que as irregularidades sejam investigadas pelo órgão.
Não há irregularidade
A ASBT informa que foi aberta uma tomada de contas especial realizada pelo TCU onde dois auditores do órgão entenderam que a prévia carnavalesca é um evento fechado e por este motivo houve a recomendação para que a ASBT fizesse a devolução dos recursos provenientes de convênios adquiridos com o Ministério do Turismo.
O presidente da ASBT, Lourival Oliveira, explica que diferentemente do que pensam os auditores, o evento é aberto a todo o público. “A pipoca não paga, ainda movimenta 83 setores da economia sergipana, emprega cerca de 20 mil pessoas e é um evento que só traz coisa boa para o Estado”, diz.
Sobre a ida dos artistas ao MPF, Lourival Oliveira garante que é um direito que assiste a eles, mas que essa atitude só vai reforçar o andamento das investigações. “Já estamos sendo investigados há dois anos e nada de irregular foi provado contra nós. Não vejo irregularidade nenhuma, mas já estamos sendo fiscalizados pelo TCU. A gente aceita a liberdade de expressão, mas o que não podemos admitir é a ofensa”, esclarece Lourival.
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