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sexta-feira, 29 de março de 2013

Semana Santa: FCDL volta a condenar antecipação de feriado


A exemplo do que ocorreu na quinta-feira da realização do Pré-Caju, a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Sergipe (FCDL), voltou a condenar o que considera de “feriado antecipado e desnecessário” em relação à decretação de ponto facultativo pelo governo do Estado e Prefeitura de Aracaju programado para esta quinta-feira, 28, véspera da Sexta-feira da Paixão.

Conforme Gilson Figueiredo, presidente da FCDL/Sergipe, enquanto todos os segmentos produtivos da sociedade estarão em plena atividade na quinta, os servidores públicos em nível estadual e municipal e federal estarão em folga.

“Isso contribui para uma fuga e esvaziamento do comércio, sem maiores justificativas ou desculpas convincentes. A Sexta-feira da Paixão já contempla nossa fé e profecia religiosa, sendo não necessário o prolongamento do feriado para quinta e sexta-feira”, diz Gilson.

De acordo com Gilson, desde que foi divulgada a notícia do prolongamento do feriado da Semana Santa para quinta-feira por parte dos governos municipal, e estadual, os telefones da entidade não pararam de tocar com pedidos de esclarecimento dos empresários e até solicitações de reações ao ato.

“Tem sido uma constante quando essas decretações de pontos facultativos começam a ocorrer em vésperas de feriados, esvaziando o comércio, trazendo até prejuízos à arrecadação dos governos. Já temos muitos feriados e não precisamos criar outros que inexistem no calendário oficial do Brasil”, conclui o presidente da FCDL.


Dossiê do Pré Caju é protocolado no Ministério Público


Na manhã de ontem, 25, os membros do Fórum em Defesa da Grande Aracaju entregaram no Ministério Público Estadual farta documentação sobre a prévia carnavalesca conhecida como Pré-Caju. Ao conjunto dos documentos os integrantes do Fórum deram o nome de Dossiê do Pré-Caju.

Os documentos foram solicitados pelos promotores Daniel Carneiro, Renê Erba e Jarbas Adelino Júnior e devem servir para análise sobre a maior prévia carnavalesca do Brasil.

Além dos integrantes do Fórum, compareceram artistas sergipanos, que se queixam da falta de espaço no Pré-Caju. Os artistas estão organizados no Movimento Salve e se integraram ao Fórum a fim de empreenderem a luta conjuntamente com o Fórum.

Entre os documentos entregues pelo Fórum estão notícias veiculadas nos jornais, blogs esites locais; artigos; editoriais; notícias de carnavais fora de época de outras cidades; leis; petições; relatório do Tribunal de Contas da União sobre recursos destinados à ASBT e rol de verbas recebidas pela ASBT do Ministério do Turismo em 2010.

Depois da entrega dos documentos os integrantes do Fórum e os artistas presentes saíram animados do MPE. Para Tonico Saraiva, presidente da Associação Movimento Salve, agora é esperar. “Fizemos a nossa parte entregando os documentos. Alguma coisa boa deve sair daí.”, disse.

Emanuel Rocha, membro do Fórum, acha que com isso mais um passo foi dado.

Entre as próximas atividades do Fórum estão uma Tribuna Livre na Câmara Municipal de Aracaju e um debate no auditório a ADUFS, na Universidade Federal de Sergipe.


Samuel denuncia que estrutura do Pré-Caju 2013 estava irregular


"O laudo pericial denunciava que a estrutura física da prévia estava comprometida. Os bombeiros fizeram todo o levantamento. Estranhamente, o Comandante do Corpo de Bombeiros, ainda assim, autorizou a realização da festa". A denúncia acima é o deputado estadual Capitão Samuel (PSL), na tribuna da Assembleia Legislativa, feita na tarde dessa segunda-feira (25). O parlamentar disse que o Ministério Público já tem conhecimento da denúncia e que o comandante dos Bombeiros tem um prazo de 30 dias para dar explicações.

Samuel iniciou seu pronunciamento já querendo saber que foi a autoridade pública de Sergipe que "passou por cima" da autoridade técnica e determinou a realização da festa. "Pelo relatório técnico, por exemplo, todos os camarotes da prévia estavam fora dos padrões exigidos pelo Corpo de Bombeiros. Graças a Deus acabou não acontecendo nada! Havia o relatório técnico proibindo a realização da festa, mas uma ordem superior desconsiderou esse laudo e o poder econômico conseguiu realizar o evento".

Ao lembrar a tragédia da Boite Kiss em Santa Maria (RS), Samuel disse que "depois que acontece a tragédia, aí vão buscar os culpados que sempre são as autoridades que deixam de seguir o laudo técnico para fazerem o desejo da capital. O caso já está na mesa de três promotores de Justiça que já pediram explicações do Comandante do Corpo de Bombeiros no prazo de 30 dias".

O deputado finalizou denunciando que "tenho informações que nos últimos cinco anos, por exemplo, a prévia não apresentou a documentação necessária no planejamento de combate a incêndios e pânico. Esse ano apresentou. É força econômica ganhando da técnica. Isso é grave! Fico imaginando que ano passado, deu uma ventania e parte do camarote caiu. Já pensou se aquilo desaba na hora que um trio estivesse passando no corredor? Ainda bem que foi pelo dia! É tanto fio descascado que pode dar um choque geral lá dentro. As escadas não estão de acordo. E se tiver um pânico lá em cima?", questionou Samuel, encerrando o discurso querendo explicações do comandante do Corpo de Bombeiros sobre a autorização dada para a festa.

Autor: Habacuque Villacorte, da Agência Alese

segunda-feira, 4 de março de 2013

Pré-Caju, Sujeira e Fedentina



É difícil estabelecer uma conclusão acerca da sujeira e fedentina na Av. Beira-Mar e arredores depois do Pré-Caju, se, por exemplo, a sujeira é proveniente da fedentina ou se esta é originada da sujeira. O real, o concreto é que a Av. Beira-Mar fica completamente imunda, do calçadão ao asfalto, as ruas, paralelas e lindeiras, se tornam inadequadas para o trafegar do pedestre por causa do inoportuno cheiro de urina, que, diga-se de passagem, nos primeiros dias, também é farejado em muitos trechos da avenida.

Mas, coitada da avenida suja, a exalar fedor autêntico, atolada pelos líquidos lá lançados, de urina e de bebida, cujo calçadão passa a abrigar estranhos mapas desenhados pela sujeira. Coitados de seus moradores, obrigados a enfrentar solitariamente a fedentina nas ruas próximas, porque a imundícia e mau cheiro escapam ao noticiário da imprensa, sendo, ainda, compelidos a ver a calçada de seus imóveis completamente suja, tudo por causa da maior prévia carnavalesca do ano, bendito evento que tantos males causa ao morador da 13 de Julho, antes, durante e depois, a ponto de gerar a conclusão de que, quem organiza uma praga dessa na Av. Beira-Mar e recebe o beneplácito público, os dois, organizadores e administradores, só podem ser inimigos da 13 de Julho, a desejar aos seus moradores as piores desgraças na vida, porque nada se compara aos incômodos de quatro dias de Pré-Caju, a sujeira e fedentina que ficam impregnadas no calçadão e nas calçadas, com a grande e extraordinária proeza de deixar até o asfalto sujo. Santa e imaculada festa de tantos louvores. Santo e proposital silêncio da mídia sobre o panorama que fica no dia seguinte traduzido nesta sujeira e fedor, porque é isso mesmo que o morador da 13 de Julho merece: ser incomodado por quatro dias, ter seu sono perturbado em quatro noites seguidas, ver sua calçada imunda, seu calçadão marcado pela sujeira, as ruas paralelas transformadas em enormes e públicos mictórios, além de ficar, por quatro noites, encurralado em seu imóvel, sem direito ao trânsito pleno e total. Bem empregado. Quem o mandou ser morador da 13 de Julho? 

E pensar, em contrapartida, que se paga um imposto predial tão alto, porque a área é nobre. Pague-se alto para ser incomodado por um evento longo, que fere as normas de direito, só porque duas ou três pessoas decidem que a prévia carnavalesca, aliás, a maior do país, deve ser realizada na Av. Beira-Mar, por razões que não convencem a nenhuma criança, imagine a nós, adultos. E, depois que a festa termina, a desmontagem dos espantalhos de ferro, que dificultam o caminhar das pessoas, se faz de forma lenta e arrastada, como se o calçadão tivesse sido criado só para serventia do dito evento, e, depois da festa, bem, o morador que se dane, a pessoa que o calçadão se utiliza em suas caminhadas, pela manhã, tarde e noite, que se vire, porque a impressão que deixa é que, depois da festa, a Av. Beira-Mar se torna um papel higiênico utilizado, descartado, jogado no lixo, entregue a sujeira e a urina, porque, só no final do ano, as arapucas voltarão a ser montadas e o seu morador a ser, mais uma vez, como se fosse uma maldição eterna, incomodado, para assim expiar pecados trazidos de outras vidas passadas.

O calçadão e o asfalto ficam marcados pela sujeira; as ruas laterais, transformadas em sanitários, só exalam urina; as calçadas ganham a cor da sujeira. Todos esses elementos deveriam ser pesados pela administração municipal ao examinar o pedido para que a festa de tantos males seja realizada, mais uma vez, para tormento do morador da 13 de Julho, na Av. Beira Mar, no próximo ano. Ou a gente deve dar graças a Deus porque ainda não criaram o hábito de defecarem nas calçadas?

Pré-Caju afronta a lei


http://www.infonet.com.br/adiberto/ler.asp?id=141075


Ministério Público Estadual entra no caso do local do Pré-Caju

Depois que o prefeito João Alves Filho recebeu no Centro Administrativo José Aloísio de Campos, representantes da ASBT e parte da imprensa para anunciar que o Pré-Caju 2014 seria realizado na Av. Beira Mar tudo parecia resolvido e a polêmica sobre o assunto parecia que se acabaria.

Entretanto um fato novo reascende o assunto: o Ministério Público Estadual, através das promotorias de Justiça do Patrimônio Público, Defesa do Consumidor e de Relevância Pública e Controle Externo entrou no caso e pretende apurar minuciosamente o assunto.

Para os integrantes do Fórum em Defesa da Grande Aracaju este fato reforça a luta da população que não quer a permanência da prévia carnavalesca na Avenida Beira Mar.O Fórum realiza reunião na noite dessa segunda-feira para avaliar os últimos acontecimentos e decidir sobre novas ações.

Sobre a autorização concedida pelo prefeito João Alves Filho para a realização do Pré-Caju 2014 na Av. Beira Mar, José Firmo, da Coordenação do Fórum, questiona “Quem já viu a palavra ‘autorizo’ aposta sobre um ofício ter mais valor do que a legislação? O solo urbano é patrimônio da população. O prefeito não pode dispor desse solo e conceder para quem bem entender com um ‘autorizo’. O ordenamento jurídico do nosso país não permite mais esse tipo de comportamento de gestores.”

O Fórum em Defesa da Grande Aracaju estranhou ainda que embora tenha solicitado audiência há mais de duas semanas diretamente no gabinete do prefeito, sequer obtiveram qualquer resposta enquanto que a ASBT foi recebida autorizada a usar o solo urbano de forma tão rápida.

Os militantes do Fórum dizem estranhar também o fato do prefeito João Alves ter declarado que estava aberto a discutir a possibilidade de mudança de local do Pré-Caju e repentinamente desistiu e resolveu manter a festa ali. Odirley Batista, integrante do Fórum diz que: “Estamos em mobilização nas ruas há muito tempo, conversando com as pessoas, ouvindo reclamações sobre o local do Pré-Caju, não é prudente da parte da prefeitura sentar alguns minutos com a ASBT e dizer ‘autorizado’, isso soa meio desrespeitoso com parte considerável da população.”

Sobre a estrada do Ministério Público no caso, José Firmo avalia muito positiva e animadora. “Diversos segmentos sérios e responsáveis estão se mobilizando. O Ministério Público Estadual tem tradição e história na defesa dos interesses coletivos e difusos e na defesa da legislação. Eu não poderia esperar outra atitude desses honrados promotores e procuradores que fazem o Ministério Público de Sergipe”.

Firmo não quis adiantar nenhuma posição do Fórum sobre a autorização do prefeito João Alves para a manutenção do Pré-Caju na Av. Beira Mar, mas afirma achar que o prefeito foi mal assessorado ou ouviu as pessoas erradas para tomar a decisão.